Mulheres negras, violências e Covid-19

03/07/2020
Por Lia Manso (Ong Criola)

A pandemia do Coronavirus (Covid-19) cresce junto às populações mais vulneráveis e empurra para a indigência grupos que perdem renda, trabalho e saúde. Destes, as mulheres negras são as mais vulneráveis. DADOS APG

Elas são as mais afetadas pelos efeitos da Covid-19, assim como por outras violações e violências históricas, contudo continuam na linha de frente para o sustento e cuidado de famílias inteiras, especialmente de crianças e idosos. Também são as mulheres negras a base das relações comunitárias de favelas e áreas periféricas.

Além disto, lutam para se ampliarem os marcos civilizatórios para justiça para todes – mulheres negras levantaram e levantam suas vozes, saberes e ações por políticas públicas antirracistas, por reparação, pelo bem-viver e contra violências geradas pelo racismo, sexismo e outras opressões: contra violências domésticas/familiares e (trans)feminicídio, contra o desmonte do SUS, contra a precarização das relações de trabalho e a desestruturação do sistema de assistência, contra o avançar do aprisionamento e do genocídio e tantas outras lutas.

Assim, neste momento de mais ameaça aos direitos, saúde e vidas, CRIOLA destaca que o comprometimento de toda a sociedade contra os efeitos da Covid-19 sobre a vida das mulheres negras no contexto de desigualdades e em repúdio a outras violações constantes, é urgente! Mais do que nunca, agora a perda de bem-viver e de vida de mulheres negras refletirá em ampliação de injustiças e violências sobre toda a sociedade.

Contra as violências e injustiças ampliadas pela Covid-19 e pelo bem-viver das mulheres negras e de suas comunidades!" 

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